A polícia ouviu na quinta-feira (26) o homem que foi baleado por um policial federal aposentado por conta de uma briga por fezes. O caso aconteceu há um mês, no dia 25 de julho, na Rua São Paulo, na Praça do Paraná Clube, no bairro Guaíra, em Curitiba, e a vítima foi para o hospital em estado grave.
Na ocasião, o policial aposentado disse que pediu para o tutor limpar as fezes do cachorro, mas dono do animal não teria gostado e aí começou a confusão.
O tutor do cachorro disse em depoimento que assim que o animal que ia defecar, o policial federal aposentado começou a xingá-lo.
“Quando eu cheguei na praça o cachorro fez menção de que ia fazer cocô, mas como ele está medicado, ele está fazendo constantemente. Ele fazia força e não saiu. Esse cidadão chegou e começou a me xingar, me chamar de de porco, quem era uma cidadão imundo. Eu tinha de passar por ele para ir em direção a minha casa. Nessa sequência, o cachorro fez o cocô e ele já começou a me xingar”, descreveu.
Com a briga, um guarda municipal chegou no local mas, mesmo assim , segundo o dono, o policial federal aposentado não parou e atirou contra o tutor.
“Eu já estava nervoso com a situação e meu cachorro com medo. Nisso ele fez o movimento de sacar a arma eu chutei e corri para trás do policial. O cachorro me puxou e só senti aquele baque do disparo e continuei correndo o posto da Guarda Municipal que tem na praça”, explicou.
A advogado do dono do cachorro, dr Igor José Ogar, disse que a atitude do policial foi desproporcional e colocou em risco quem estava no local.
“Desproporcional e covarde, policial federal, no qual, pago para proteger e zelar na sociedade, dispara com sua arma de fogo nas costas da vítima. Isso por motivos banais e insignificantes, colocando, inclusive, as pessoas que ali se encontravam em perigo comum. Crianças, mulheres e idosos”, disse.
No dia, o policial foi detido pela Guarda Municipal e levado à Central de Flagrantes de Curitiba para prestar depoimento. Já o dono do cachorro, como ficou ferido não prestou depoimento e fará isso nesta quinta.
Ogar lamentou que a lesão do cliente é irreversível e disse que foi um ato covarde com intenção de matar.
“O tiro foi pelas costas. A lesão foi permanente, gravíssima e irreversível. Buscaremos, sim, a responsabilização penal e cível, por parte desse policial desqualificar. Tentaremos provar agora que a intenção desse indivíduo não era somente lesionar a vítima e sim ceifar a vítima”, argumentou.
Fonte: Banda B