Suspeita de matar mulher com bombons envenenados é presa; ciúme teria motivado crime
Questionado sobre como a quadrilha escondia o dinheiro arrecadado com o tráfico de drogas, Loureiro explicou que havia lavagem de dinheiro com a compra de imóveis e carros caros, embora os envolvidos também possuíssem muito dinheiro em espécie.
Eles despistavam os crimes porque fingiam ser empresários e, também conforme a polícia, costumavam revender as drogas para traficantes/grupos menores.
Eles também tinham que ter locais para esconder este dinheiro, espécie de búnquer [estrutura ou reduto fortificado, parcial ou totalmente construído embaixo da terra]. Um deles foi encontrado na madrugada de hoje. Era um piso, intacto, não chamava nenhum tipo de atenção, mas, embaixo, havia um grande espaço para um fundo falso. Lá foi encontrado também uma grande quantidade de cocaína.
Victor Loureiro, delegado da Denarc.
Líder da quadrilha
As investigações começaram a partir de um flagrante efetuado pela Polícia Civil em agosto de 2022, no Bairro Alto, em Curitiba. Na ocasião, quatro pessoas foram presas e 15 quilos de cocaína apreendidos. Loureiro explicou que o dono desta quantia residiria em São José dos Pinhais.
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Após a polícia descobri-lo, as investigações caminharam para os demais traficantes envolvidos com a quadrilha.
O chefe da quadrilha, que é irmão do rapaz que foi encontrado em São José dos Pinhais, foi detido em Itapema (SC). Identificamos que ele já estava se escondendo ‘por algum motivo’, mas conseguimos segui-lo até o outro estado e realizar a prisão naquele município. No apartamento foi encontrado mais de R$ 30 mil em espécie, além de equipamentos eletrônicos e armas apreendidas. Ele se passava por empresário (Â…) e lavava dinheiro com a compra de imóveis e carros de luxo.
Victor Loureiro, delegado da Denarc.
Futuro das investigações
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A Polícia Civil disse que procura, a partir de agora, outras organizações que estão vinculadas com o grupo investigado. Loureiro já disse que uma foi encontrada no bairro Cajuru, cujo líder desse grupo vivia no bairro Batel.
Loureiro também foi perguntado se os suspeitos podem estar ligados a homicídios em Curitiba, o delegado pontuou que, até o momento, nenhum crime desta natureza foi identificado.
O crime de tráfico de drogas, geralmente, é muito violento porque os criminosos precisam impor força nos pontos de vendas. Mas, a princípio, não foi identificado nenhum homicídio ligado a este grupo. Então, aparentemente, eles não tinham nenhum rival nas regiões onde dominavam aqui em Curitiba e em São José dos Pinhais.
Victor Loureiro, delegado da Denarc.
*Esta matéria pode ser atualizada a qualquer momento.
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